Táxi? Ambulância? Carro de serviço? Foi-se o tempo em que a cor branca era descartada por consumidores na hora de adquirir um carro. Por anos, as concessionárias concederam desconto – muitas ainda dão – nas chamadas cores sólidas (sendo as mais comuns o branco, o preto e o vermelho) por serem consideradas pouco atraentes ou ruins na hora da revenda. Nos últimos anos, porém, o branco virou tendência e tanto a oferta como a procura pela cor dispararam, colocando um fim na chamada ‘Ditadura do Prata’.
De acordo com o Índice WebMotors, em apenas 12 meses, o interesse pelos automóveis na cor branca, contabilizado pelo número de propostas enviadas aos anunciantes dos veículos por meio do site, registrou um aumento notável de 89,4% entre outubro de 2014 e o último mês. Para efeito de comparação, nesse mesmo período as propostas para automóveis pratas, vermelhos e pretos cresceram, respectivamente, 48,5%, 45% e 44,5%.
Na visão do Gerente de Marketing da WebMotors, Rafael Constantinou, houve um tempo em que era comum o distanciamento do branco por considerá-lo a cor padrão de modelos de frotas. No entanto, nos últimos anos, a visão dos compradores mudou, principalmente pela forte influência de marcas de luxo e superesportivos, que utilizam bastante o branco em seus veículos.
“No passado, principalmente em São Paulo, o branco era cor de táxi ou ambulância, e muitos não compravam carros desta cor por temerem uma desvalorização maior que o normal no momento da revenda. Hoje isso mudou completamente, e os números do Índice WebMotors comprovam isso. Um dos motivos para esta mudança de comportamento é o fato de fabricantes premium utilizarem o branco como cor quase que padrão. É muito comum entrarmos em showrooms destas marcas e encontrarmos apenas carros brancos”, explica Constantinou.