Com o conjunto de obras, a exposição cria um exemplar de almanaque com conteúdos contemporâneos. A grande quantidade de ícones nos quadros representa o volume conturbado de dados, em um paralelo constante entre o passado e o presente, assim como entre os costumes tradicionais e contemporâneos.
Miguel Gontijo explica que, “enquanto o velho almanaque assume o papel de espelho do mundo natural, o almanaque da exposição reflete um mundo artificial e caótico”. O curador Robson Soares destaca, ainda, o caráter nostálgico da mostra: “Reconheci um desenho da Folhinha Mariana e minhas lembranças se voltaram à casa de minha avó. Lembranças dos velhos almanaques de ‘pharmácia’ voltaram à minha mente, com humor, propagandas de Emulsão Scott, Xarope Vick e textos de política e ciências”.

Dono de uma pintura autêntica, crítica e intensamente criativa, Miguel Gontijo iniciou os estudos na Escola Guignard e, em 1978, formou-se em História, pela Faculdade de Filosofia de Belo Horizonte. É pós-graduado em arte e contemporaneidade e possui obras em várias entidades públicas no Brasil e exterior. Destaque do Ano em Artes Plásticas, em 1977, 1978 e 2000 em colunas especializadas, conta com vários textos e artigos editados em catálogos, revistas, jornais e livros.
A exposição é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério da Cultura, viabilizada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, por meio do Governo Federal, e conta com o patrocínio da URB Topo e da Vallourec, com apoio cultural do Cine Theatro Brasil Vallourec e apoio do Circuito Liberdade, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA-MG, da Secretaria de Estado de Cultura e do Governo de Minas.
