O mercado automotivo brasileiro apresentou resultados positivos em abril e no 1º. Quadrimestre de 2025. Entre janeiro e abril de 2025, houve crescimento de 5,7% nos emplacamentos de veículos em relação a igual período de 2024, o que significou a 7ª. posição entre os acumulados de janeiro a abril, no ranking histórico do setor.
Já na relação entre abril e março deste ano, a alta chegou a 8,3%, segundo dados divulgados pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. Este foi o melhor mês de abril desde 2014, conforme a série histórica da Fenabrave. Foram emplacadas 410.752 unidades em abril, frente a 379.376 em março, considerando um dia útil a mais em abril (20) sobre março (19 dias). Comparando abril de 2024 com abril 2025, houve estabilidade, com pequeno acréscimo de 0,05%.
“Em abril sobre março, exceto caminhões e implementos rodoviários, todos os segmentos automotivos apresentaram números positivos. Já na comparação com abril do ano passado, que teve 2 dias úteis a mais do que abril de 2025, o desempenho de automóveis e comerciais leves sofreu retração, assim como o crescimento de motocicletas foi mais moderado. A oscilação de dias úteis impacta no resultado dos emplacamentos, mas notamos que, no geral, a evolução está dentro das estimativas da Fenabrave, que projeta um crescimento global próximo de 7% para 2025”, avalia Arcelio Junior, Presidente da Fenabrave.
Automóveis e Comerciais leves
Os segmentos mantiveram a boa demanda registrada no 1º trimestre. “Apesar da queda nominal, observada em abril em relação ao mesmo mês do ano passado, em função dos dias úteis a mais em abril/2024, houve alta de 1,7% nas vendas diárias em abril/2025, o que é um bom indicativo do mercado”, diz o Presidente da Fenabrave.
Automóveis e Comerciais Leves – Híbridos
Com 15.125 unidades emplacadas em abril, o segmento agora soma 52.766 emplacamentos no acumulado de janeiro a abril de 2025, num aumento de mais de 73% sobre igual período de 2024, quando foram emplacadas 30.449 unidades. “O desempenho reflete a adesão dos consumidores a modelos eficientes energeticamente. O segmento deve ser uma das principais alternativas para a descarbonização automotiva”, analisa Arcelio Junior.
Automóveis e Comerciais Leves Elétricos Puros
Os automóveis e comerciais elétricos somam 17.691 emplacamentos entre janeiro e abril de 2025. Apenas em abril/2025 foram emplacadas 4.703 unidades. “A adesão tem sido maior em relação aos híbridos do que aos puramente elétricos, que envolvem gargalos de infraestrutura como capacidade de recarga”, avalia o Presidente da Fenabrave.
Caminhões
O mercado de caminhões tem sido impactado pelas altas taxas de juros, pela maior seletividade na oferta de crédito para financiamentos e pelas incertezas sobre o preço do diesel. “O segmento tem apresentado demanda, mas há cautela por parte dos transportadores, que estão aguardando melhores condições de financiamento. As perspectivas para o restante do ano seguem positivas”, analisa Arcelio Junior, lembrando que o crescimento previsto para o segmento é de alta de 4,5% nos emplacamentos em 2025.
Ônibus
O mercado de ônibus teve grande crescimento percentual em abril e já tem alta acumulada, no 1º. quadrimestre, acima das projeções da Fenabrave para todo o ano de 2025. “O mercado tem se beneficiado com o Programa Caminho da Escola, a recuperação do transporte público e com os investimentos em renovação de frotas voltadas, também, ao turismo”, destacou o presidente da Fenabrave.
Motocicletas
Com mais de 650 mil unidades emplacadas no ano, as motocicletas seguem com demanda aquecida, apesar da maior seletividade na oferta de crédito para financiamentos. “O sistema de consórcios e os pagamentos à vista têm representado cerca de 33% cada, na proporção das vendas de motos de até 300 cilindradas, que compõem 80% dos emplacamentos”, conta Arcelio Junior. Segundo ele, “as vendas de motos continuam crescendo em função dos serviços de entrega e como opção de segundo veículo da família”, conclui o Presidente da Fenabrave.
Motocicletas Eletrificadas
Em abril, foram emplacadas 569 unidades. No acumulado do quadrimestre, o segmento soma 4.021 emplacamentos. “Em estágio inicial no país, as motocicletas elétricas têm números ainda tímidos, por conta das dificuldades de pontos de recarga e autonomia, que só favorecem àqueles que se movem dentro das cidades e em curtas distâncias. Mas é possível que os números evoluam, de acordo com novas tecnologias e a melhora da infraestrura para recarregar as motos elétricas”, afirma Arcelio Junior.