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NOTÍCIAS
Postado no dia 25 nov. 2014

Financiamento de veículos cresce 10,9% em setembro

Financiamento de veículos cresce 10,9% em setembro

 

 
O setor de crédito para financiamento de veículos registrou reação em setembro, um sinal de que o quarto trimestre de 2014 poderá ser melhor. O principal indício de melhora de cenário é o total de recursos liberados, que em setembro cresceu 14,4% em relação a agosto.
 
Apesar de o licenciamento de veículos novos ter diminuído 8,9% no período de janeiro a setembro (versus 2013), o licenciamento de veículos usados cresceu 5,3% na mesma comparação, sugerindo que em seu conjunto o setor possa ser beneficiado no curto prazo.
 
“Este aumento foi motivado, entre outros fatores, pela liberação de compulsórios e pela diminuição da inadimplência, o que levou os bancos a financiarem veículos em condições mais favoráveis”, avalia Décio Carbonari, presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (ANEF).
 
Segundo Carbonari, no mês de setembro, comparativamente a agosto, houve um aumento das vendas financiadas de veículos e de comerciais leves novos de 10,9%, sendo 10,7% veículos e 11,8% comerciais leves. O total acumulado de recursos liberados em financiamento CDC em setembro somou R$ 82,893 milhões, apresentando um aumento de 0,9% em doze meses. Para pessoa física, o cenário foi ainda mais positivo, com saldo de R$ 68,5 bi, um aumento de 2,7% em doze meses.
 
O saldo do crédito bancário brasileiro alcançou em setembro o valor de R$ 2,9 trilhões, passando a representar 57,2% do PIB (estimado em R$ 5,073 trilhões), registrando assim um crescimento de 2,2 p.p. frente a setembro de 2013. Já o saldo do crédito para aquisição de veículos pelas pessoas físicas e jurídicas corresponde a 4,2% do PIB contra 4,9% no mesmo período do ano anterior, um decréscimo de 0,7 p.p., passando a representar 7,3% do total do crédito do Sistema Financeiro Nacional e 13,9% do total das operações de crédito – Recursos Livres.
 
O saldo de financiamentos (CDC) em setembro foi de R$ 203,8 bi, apresentando decréscimo de 0,3% em relação a agosto, de 5% no ano e de 5,3% em doze meses. O saldo da carteira de pessoa física foi de R$ 184 bilhões, também apresentando decréscimos.  -0,3% em relação ao mês anterior, -4,6% no ano e -4,7% em doze meses.
 
Termômetros do terceiro trimestre
 
As vendas de automóveis e veículos comerciais leves durante o terceiro trimestre de 2014 registraram  aumento de pagamentos à vista em 1,0 p.p., marcando 38%. O consórcio manteve a participação de 8% dos pagamentos e as vendas financiadas por meio de CDC, que eram de 53% no ano passado, registraram 52% neste trimestre. O Leasing manteve-se como opção em apenas 2% das vendas.
 
Na comercialização de veículos comerciais, o Finame foi responsável por 71% das aquisições, ante 77% de 2013. As vendas à vista subiram de 11% para 14%; o consórcio manteve-se estável em 2%; a venda financiada (CDC) passou de 9% para 11%; e o Leasing, de 1% para 2%.
 
Entre as motos, no trimestre as vendas foram divididas em 33% à vista, 32% financiadas e 35% por meio do consórcio.
 
Taxas de Juros
 
As taxas de juros oferecidas pelos bancos de montadoras apresentaram ligeira queda, depois de quatro meses por 1,41%, em setembro a média foi de 1,40%. Taxa continua competitiva frente aos bancos de varejo, que seguem com taxas de 1,73% para pessoa física e 1,45% para pessoa jurídica.
 
Planos e Prazos
 
O plano máximo disponibilizado pelos bancos aos consumidores se manteve em 60 meses. O prazo médio das concessões indica o prazo a decorrer desde a contratação até o vencimento da última prestação, que se manteve em 42 meses no período setembro 2013/2014.
 
Inadimplência
 
Os atrasos até 90 dias do total da carteira de financiamentos (CDC) para pessoa física foram de 7,2%, sinalizando queda de 0,2 p.p. no mês, de 0,5 p.p. no ano e de 1,0 p.p. em doze meses. Inadimplência do total da carteira de financiamentos (CDC) foi de 4,4%, apresentando queda de 0,2 p.p. em relação ao mês anterior, queda de 0,8 p.p. no ano e de 1,3 p.p. em doze meses.
 
“A inadimplência tem caído nos últimos três anos. Algumas medidas tomadas como prazo menor e entrada maior acabam por atrair clientes com perfil de  menor  risco de crédito”, afirma o presidente da ANEF.