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Postado no dia 7 ago. 2015

Mulheres também fazem a história automobilística

Mulheres também fazem a história automobilística
A relação da mulher com o automóvel é de longa data. Foi ainda no século XIX, no âmbito familiar, que uma máquina sobre rodas despertou a paixão da alemã Bertha Benz pelo mundo do automobilismo. Ela teve contato com a produção e a mecânica do primeiro automóvel do mundo que foi construído por seu marido, Karl Benz.
 
De acordo com Elisa Asinelli do Nascimento, diretora da Federação Brasileira de Veículos Antigos do Paraná e diretora executiva da Mercedes-Benz Club Brasil do estado, de 1885 a 1888, Karl construiu três modelos que não haviam percorrido mais que 20 km. Foi um desses veículos que Bertha conduziu, em 1885, atingindo 13 km/h e tornando-se a primeira mulher a dirigir um carro na história.
 
O pioneirismo da alemã não parou por ai. No dia 5 de agosto de 1888, Bertha Benz e seus dois filhos, Eugene, então com 15 anos, e Richard, de 14 anos, fizeram a primeira viagem de longa distância de um automóvel. Foram 104 km, partindo de Mannhein para Pforzheim, dirigindo Benz Motorwagen n° 3. Durante a viagem, eles encontraram várias as dificuldades, desde a falta de combustível até problemas mecânicos, que Bertha soube resolver com uma destreza de deixar qualquer mecânico para trás.
O objetivo de Bertha, segundo Elisa, era provar ao seu marido Karl que o invento poderia ser comercializado. De acordo com ela, esta aventura bem sucedida da primeira viagem de um automóvel na história foi uma grande jogada de “marketing”. “Podemos dizer que a primeira relação da mulher com o automóvel foi por amor de uma esposa por seu marido”, comenta.
Primeira habilitação feminina
 
No quesito habilitação a França saiu na frente. De acordo com a diretora da Federação Brasileira de Veículos Antigos do Paraná, Elisa Asinelli do Nascimento, a primeira mulher habilitada da história foi a Duquesa d’Uzés, em 1899. Dois meses depois de ter conseguido sua habilitação, a francesa foi convidada a apresentar-se ao tribunal por ter circulado em velocidade exagerada em Bois de Boulogne. A velocidade perigosa era de 15 km/h, já que o limite para os automóveis que circulavam em Paris era de 12 km/h.
 
O Brasil também tem suas pioneiras: Maria José Pereira Barbosa Lima e Rosa Helena Schorling, que revela que aprendeu a dirigir muito cedo, aos 12 anos, no automóvel de seu pai, um Opel 1895, com direção do lado direito e câmbio e freio do lado de fora.
 
Segundo Elisa essa relação da mulher com o automóvel só aconteceu, porque as primeiras mulheres conseguiram enfrentar mitos e preconceitos. “Esta transição se dá no final do século XIX, iniciando na Europa e conquistando adeptas nos Estados Unidos. No início do século XX muitas mulheres se sentiram motivadas e encorajadas a aventurar-se sobre quatro rodas, tanto nas competições como percursos de longa distância provando que resistência aliada à eficiência traz resultados positivos para as mulheres condutoras”, afirma. Ela comenta que sempre houve preconceito, entretanto, não somente por parte dos homens.
 
Invenção pioneira
 
Em 1903, durante uma viagem a Nova Iorque, a norte-americana Mary 
Anderson observou que sempre que chovia os motoristas de bondes 
precisavam abrir as janelas para poder enxergar. Pensando em facilitar 
a vida desses condutores, criou um braço oscilante com uma lâmina de 
borracha, operado pelo condutor no interior do veículo através de uma 
alavanca. Somente em 1916, os limpadores de para-brisa se tornaram 
equipamento padrão em todos os automóveis americanos. “Esta relação 
com o automóvel se iniciou graças ao senso de observação e 
inventividade. A mulher buscando soluções imediatas”, afirma Elisa.
Esporte
 
A primeira mulher-piloto da história foi Madame Camille Du Gast, uma 
francesa, pianista, esportista profissional em equitação, alpinismo, 
esgrima, caça, tiro e para-quedismo. Então com 31 anos, participou de 
seu primeiro rally Paris-Berlim, em 1901, ficando em 33° lugar. Em 
1903, correu no rally Paris-Madrid e chegou em 45° lugar na prova.
As brasileiras também fizeram história como: Maria Cristina Rosito, 
gaúcha de Porto Alegre, aos 14 anos começou no kart e aos 16 pilotava 
monopostos; e a carioca Suzane Carvalho, que foi a que mais se 
destacou nas pistas sagrando-se campeã Brasileira e Sulamericana de 
Fórmula 3, kart, na classe B, F-Ford, F-2000 canadense e italiana e, 
inclusive, correndo nos EUA na Fórmula Indy Light.
 
Confira as conquistas automobilísticas de algumas brasileiras
– Suzane Carvalho
– 1992 – Fórmula 3
Campeã brasileira e sul-americana da categoria B. Foi a primeira e 
única mulher do mundo a alcançar tal feito, o que a levou para o 
Guinness Book e para a Enciclopédia Barsa.
– 1995 – Campeonato Argentino Copa de Damas
Conquistou três vitórias.
– 1996 – Campeonato Carioca de Turismo
Conquistou três vitórias e formou a primeira equipe feminina a correr 
nas Mil Milhas de Interlagos.
– Ana Beatriz Figueiredo
2003 – Fórmula Renault Brasil
Conquistou três pódios e foi a melhor estreante do ano na Fórmula 
Renault Brasil – Record da pista de Londrina.
2005 – Fórmula Renault Brasil
Conquistou três vitórias na F-Renault Brasil e quatro poles positions. 
Foi a primeira mulher do mundo a vencer na F-Renault.
2006 – Fórmula 3 Sul-Americana
Foi a primeira mulher do mundo a conquistar uma pole position na F-3. 
Ficou em 5º lugar na F-3 Sul-Americana, com seis pódios e uma pole 
position.
2008 – Firestone Indy Lights
Conquistou uma vitória e sete pódios, ficando em 3° lugar. Foi a 
primeira mulher do mundo a vencer na Firestone Indy Lights
– Luana Pedrosa
2007 – Campeonato Paulista Light
Conquistou o 3° lugar na categoria novatos.
2008 – Copa do Brasil de Kart
Foi vice-campeã brasileira na disputa.
Atualmente, o Brasil é representado na Fórmula Indy por: Fernanda 
Parra, Sheren Bueno, Ana Lima, Luana Pedrosa, Débora Rodrigues e Ana 
Beatriz Figueiredo.
 
Fonte: http://www.dicasautore.com.br