São 20 anos de muitos lançamentos no setor automotivo no Brasil. 20 anos de muitas histórias para contar, refletir e, principalmente, para alinhar o conhecimento. O ano de 2018 encerra com a comemoração da Associação Brasileira da Imprensa Automotiva – ABIAUTO, que realizará, no próximo de 11 de dezembro, a solenidade de entrega do Prêmio ABIAUTO para os carros eleitos os melhores, em seis categorias, em sua 20ª Edição.
A ABIAUTO foi criada em 1998, por um grupo de jornalistas dedicados a informar as noticias do mundo automotivo aos seus leitores, ouvintes e telespectadores. Com o passar dos anos e a evolução tecnológica, os jornalistas tiveram que investir em um novo meio de comunicação, mais rápido e capaz de alcançar um maior público, alinhando os já tradicionais meios à Internet, través de sites e redes sociais.
Os jornalistas especializados, membros da ABIAUTO, atuam de forma a proporcionar ao público, além das informações sobre lançamentos, dicas de manutenção, mecânica, designer e preços, sua opinião sobre os melhores carros que circulam no mercado brasileiro.
A cada lançamento ou recebimento de carro em seu estado, testes são realizados para que o jornalista possa dar sua opinião e assim, contribuir com a escolha certa do consumidor que deseja ter o seu primeiro carro ou realizar um boa troca.
Vale ressaltar, que os jornalistas que fazem parte da ABIAUTO, trabalham com dedicação para levar até ao seu público as melhores noticias e avaliações do setor, conquistando seu espaço junto ao mercado e alcançando a credibilidade dos consumidores e das montadoras de veículos.

Pela presidência da ABIAUTO já passaram, além do jornalista Mário Pati, Ivan Oliveira(RJ); Paulo Rodrigues(RS); Célia Murgel(SP) e atualmente, conta com o jornalista Antônio Fraga(SP). “Presidi a ABIAUTO não é tarefa das mais fáceis. Porém, temos nos esforçado para garantir a credibilidade de nossos associados junto ao público e as montadoras. A cada ano, eles buscam se qualificar na área, acompanhando os lançamentos e a chegada de novas tecnologias. Nosso propósito é fortalecer a categoria”, enfatiza Fraga.
Sotaques e regionalismo
A importância do Prêmio ABIAUTO está no fato de que seus eleitores estarem distribuídos em todo o território Nacional, com jornalistas do Norte ao Sul e do Leste ao Oeste, com todos os regionalismos, sotaques e conhecimentos de cada habitante das diversas regiões brasileiras.
O prêmio é considerado um dos principais da indústria automotiva brasileira, que reúne 35 eleitores, especializados, de todo o Brasil. A diferença é que hoje, com a evolução da Comunicação, também participam da eleição jornalistas de sites e blogs.
Além do prêmio maior, a entidade também premia cinco outros modelos com motor até 1.2; de 1.2 até 1.6; picapes, suv’s e importados, além da melhor motocicleta do ano. O Prêmio Abiauto tem o apoio da Jeep, Fiat, Mercedes-benz, Honda, Ford, Audi e Volkswagen.
Confira a disputa entre os melhores de cada categoria
CARRO NACIONAL ATÉ 1,2 LITRO
Fiat Argo
Ford Ka
Renault Kwid
Volkswagen Polo
Volkswagen Virtus
CARRO NACIONAL DE 1,2 A 1,6 LITRO
Fiat Cronos
Honda Civic
Toyota Yaris
Volkswagen Polo
Volkswagen Virtus
CARRO NACIONAL ACIMA DE 1,6 LITRO
Audi A3 Sedan
Fiat Cronos
Mercedes-Benz Classe C180
Toyota Corolla
Volkswagen Golf
PICAPES
Chevrolet S10
Fiat Toro
Ford Ranger
Toyota Hilux
Volkswagen Amarok V6
CARRO IMPORTADO
Audi A4
Chevrolet Camaro
Ford Mustang
Mercedes-Benz Classe E
Toyota Prius
Volkswagen Passat
* Esta categoria tem seis, pois houve um empate.
SUV/CROSSOVER
Chevrolet Equinox
Ford EcoSport
Honda HRV
Jeep Compass
Volkswagen Tiguan
Ana Célia Aragão faz parte da Associação Automotiva
A jornalista fala de sua entrada no jornalismo automotivo e de como se tornou membro da ABIAUTO.
Confesso que em 1998, data da criação da Associação Brasileira de Imprensa Automotiva – ABIAUTO, não imaginava que iria ficar fascinada pelo mundo automotivo. Já conhecia um pouco sobre automóveis, considerando que meu pai, Antônio Humberto, tinha uma oficina mecânica e eu sempre ficava com ele, olhando aquele mundo desconhecido da mecânica e me chamava a atenção, o fato de meu pai retirar o motor do carro, desmontar, lavar e colocar novamente no lugar e o carro funcionar. Fica olhando aquele trabalho atentamente e ele dizia: “O homem tem um coração e o carro também. O motor é o coração do carro, sem ele, não terá vida e assim, não vai andar e levar você para a escola”. Eu ficava admirando o velho fusca branco ou o seu Corcel 1979, que papai cuidava como uma relíquia.
Naquela época, também, não imaginava que seria jornalista, mas já era uma criança observadora que anotava tudo que lhe chamava atenção, em um caderninho. Depois procurava os significados. Porém, ser jornalista automotiva, não passava pela minha mente. A opção veio bem mais tarde, e casou direitinho, com a editoria de Economia que eu assinava no Jornal Meio Norte. Logo em seguida, nascia o Motor Mais, no Jornal Impresso e na TV. Recordo que quando inicie nesta área automotiva, meu pai passou a ser meu consultor, e ele ficava entusiasmado com as minhas indagações.
Sobre a ABIAUTO, sabia muito pouco, então passei a pesquisar muito sobre a sua atuação no mercado e quem fazia parte, o perfil dos jornalistas. Não entendia o porquê da associação somente contava com eleitores do sexo masculino.
Por diversas vezes, cheguei para o jornalista Marcondes Viana de Fortaleza(CE) e indaguei por que, a associação era formada somente por homens. “Ana, não sei te explicar. Talvez não tenha despertado interesse para as mulheres. Mas, se você quer fazer parte, busque o seu reconhecimento, insista”, disse Marcondes Viana.
Segui seu conselho. Durante três anos, insisti com o presidente Mário Pati, para aceitar minha ficha de filiação. E sempre recebia como resposta, NÃO. Mas, como sou determinada em alcançar objetivos, continuei insistindo. Até que um certo dia durante um evento, Mário Pati me chama e me pergunta: Oh jornalista do Piauí, por que quer entrar para a ABIAUTO? Olhei nos olhos deles e retornei a pergunta: E por que o Senhor é presidente da ABIAUTO? Ele, então, com sua voz em tom baixo, disse: Você é danada, pega as mensagens bem rápido”. Eu soltei um bom riso e apostei em uma resposta positiva.
Demorou, mas alguns meses depois, recebi uma correspondência na redação do jornal Meio Norte, informando que a minha ficha de filiação havia sido aceita e que faltava, apenas, um dos sócios fundadores assinar. Claro, que eu liguei para Marcondes Viana para pedir que ele assinasse. Sou muito grata ao meu amigo e incentivador, Marcondes. E assim, passei a fazer parte da ABIAUTO, que também recebeu as jornalistas de São Paulo, Irene Câmara, Célia Murgel e outras mulheres que passaram a atuar junto a ABIAUTO.

De 1998 aos dias atuais, muitas coisas mudaram no cenário brasileiro, especificamente, no setor automobilístico. O país ganhou novas fábricas de veículos, acessórios e autopeças. Novas marcas chegaram e se estabeleceram, novas concessionárias foram abertas e novas alternativas de financiamento garantiram um acesso maior à compra do carro novo ou seminovo. Isso, sem esquecer nos altos investimentos em tecnologia para fabricar carros, digamos que, mais inteligentes, confortáveis, seguros, econômicos e com designer que chama atenção nas ruas do país. Tudo para agradar o público consumidor. Infelizmente, somente a carga tributária no Brasil, não é reduzida, o que prejudica todos os segmentos.
Os meios de comunicação abriram mais espaços para as noticias do setor. Porém, alguns destes meios aos poucos vão sendo dominados pela tecnologia da informação, através das redes sociais.
São anos de dedicação ao aprendizado deste fascinante mundo. Anos de mudanças, de novos conhecimentos e amizades, sempre respeitando o espaço do outro. Aqui destaco uma amizade, entre inúmeras que cultivo no setor, Roberto Nasser. Este tinha uma “mente brilhante”, com sua voz rosca tinha um jeito diferente de falar e escrever sobre carros. Sempre me incentivava a aprimorar meus conhecimentos no jornalismo e/ou no setor jurídico. Nasser dizia que o mundo é feito por pessoas que reservam um tempo para “ler, aprender e transmitir”. Guardarei sempre suas palavras. O jornalista era um grande conhecedor do mercado e da história do carro, advogado e curador do Museu do Automóvel em Brasília, DF. Recentemente, Nasser nos deixou, partindo para a vida celestial.
Bom, poderia passar horas escrevendo, sobre cada lançamento automobilístico que já tive a honra de conferir de pertinho no Brasil e no exterior, mas o destaque de hoje é a ABIAUTO, associação que prezo e que sempre estarei em busca de seu reconhecimento.