
O Rally Dakar 2016 começa a revelar grandes pilotos em todas as categorias, entre eles, um brasileiro. O maranhense Marcelo Medeiros (Taguatur Racing Team), de 26 anos, tem se destacado nas provas do maior rali do mundo. Na terça-feira (5), ele conquistou a sétima colocação dos quadriciclos na especial entre Termas de Río Hondo e Jujuy, na Argentina, com 663 quilômetros, sendo 314 de trechos cronometrados. Na classificação geral, ele está em terceiro, ao lado de grandes nomes da modalidade, como o polonês Rafal Sonik (Orlen/Sonik Team) (quinto na geral), o chileno Ignacio Casale (Xraids Team) (primeiro na geral) e os irmãos argentinos Marcos e Alejandro Patronelli (Yamaha Racing) – quarto e sétimo na geral. Campeão do Rally dos Sertões 2015, ele é o único representante do Brasil na categoria.
“Minha equipe e eu estamos muito felizes em representar nosso país, e especialmente o Maranhão, pela primeira vez na mais importante competição mundial do off-road. Essa é uma prova dura e longa, mas estamos embalados pelos bons resultados da vitória no Rally dos Sertões e querendo levar as bandeiras do meu estado e do Brasil ao pódio do Dakar. Estou realizando um sonho e com muita humildade e respeito aos adversários mais experientes vou manter a calma, mas brigar por um título”, comenta Medeiros. O vencedor da etapa foi o sul-africano Brian Baragwanath (Team Rhide SA).
Único brasileiro nas motos, o paulista Jean Azevedo Honda South America Rally Team (HSA) encarou o desafio de recuperar posições na etapa desta terça-feira. O piloto, que chega à 18ª participação no Dakar, mostrou toda a experiência acumulada ao longo da carreira e subiu na classificação geral de 132º para 124º após conquistar o 43º lugar na especial entre Termas de Río Hondo e Jujuy. A vitória ficou com o argentino Kevin Benavides (HSA Rally Team) – segundo na geral, considerado uma das revelações da 38ª edição da prova. O português Paulo Gonçalves (Team HRC) ficou com o terceiro lugar (quarto na geral).
Abandonos
Dos dez brasileiros que largaram no Dakar 2016, quatro já abandonaram a competição. O piloto Jorge Wagenfuhr e o navegador Joel Kravtchenko (LifeSil), estreantes na competição, deram adeus ao sonho de correr o maior rali do mundo por causa do motor fundido entre Termas de Río Hondo e Jujuy, nesta terça-feira. Guilherme Spinelli e Youssef Haddad (Mitsubishi Petrobras) também saíram da prova com problemas no carro. A dupla não completa o Dakar desde 2012.
Ainda pelo Brasil, João Franciosi e Gustavo Gugelmin (ASX Racing Mitsubishi) foram os mais bem classificados do dia e conquistaram a 29ª posição (55º na geral). Leandro Torres e Lourival Roldan (Xtremeplus/Polaris Racing Internacional) ficaram em 77º (79ª na geral) nos UTVs, subcategoria que entra na classificação dos carros.
O francês Sebastien Loeb e Daniel Elena (Team Peugeot Total), de Mônaco, lideram a competição e, mais uma vez, foram os mais rápidos e levaram o primeiro lugar da etapa do Dakar. A segunda colocação (décimo na geral) ficou com a mesma equipe, com os pilotos Carlos Sainz e Lucas Cruz, da Espanha.
A vitória dos caminhões, categoria sem competidores do Brasil, ficou com a equipe de Martin Kolomy, David Kilian e Rene Kilian (Tatra Buggyra Racing) – sexta na geral, da República Tcheca. O segundo lugar foi do trio composto pelo holandês Hans Stacey e pelos belgas Bruynkens Serge e Jan Van Der Vaet (Eurol/Veka MAN Rally Team), que lidera a competição.
Fonte: Vipcomm
Foto: Danielle Vieira/Intermídia