A Fundação Municipal de Saúde (FMS) registrou um aumento de 41,4% no número de vítimas fatais de acidentes de trânsito ocorridos em Teresina no primeiro trimestre de 2014, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Para o grupo de vítimas graves ocorreu redução de 0,6%. Houve ainda redução do número total de vítimas no mesmo período.
A FMS realiza, periodicamente, relatório para apresentar a análise dos acidentes de trânsito ocorridos na capital. Essas análises fazem parte do acompanhamento e monitoramento da situação, como parte das atividades do Projeto Vida no Trânsito (PVT), que tem como meta reduzir e estabilizar o número de mortes e lesões decorrentes dos acidentes de trânsito. “Nós produzimos as informações que servirão para orientar os órgãos de trânsito para realização de projetos para prevenção de acidentes”, explicou Ana Amélia Pedrosa, gerente de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da FMS, setor responsável por organizar o relatório.

A partir de hoje, 18, até o dia 25 de setembro, está ocorrendo em todo o país a Semana Nacional de Trânsito, com o tema Década Mundial de Ações para Segurança do Trânsito- 2011/2020: Cidade para as pessoas: Proteção e Prioridades ao Pedestre. “Produzir informações sobre o trânsito também é uma forma de promoção em saúde. Já que é a partir desses diagnósticos que os órgãos de trânsito podem ampliar suas atuações para melhorar os índices de acidentes”, afirmou Ana Amélia Pedrosa.
O relatório produzido trimestralmente pela FMS é repassado para a Strans (Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito). Segundo o relatório do primeiro trimestre de 2014, nota-se que dentre as vítimas fatais, 90,2% são do sexo masculino com idades em torno de 18 e 45 anos, com destaque para a faixa etária de 26 a 35 anos.
Em relação ao meio de locomoção, a motocicleta representa 72,33% dos acidentes com vítimas fatais e graves em Teresina. Para os acidentes fatais, 51,2% eram de motocicleta e 26,8% a pé. Para os acidentes com vítimas graves, 77,6% de motocicleta e 10,3% a pé.
Em relação a suspeita de ingestão alcoólica e não uso de capacete em motociclistas, considerando os acidentes com vítimas fatais, 4,9% destas estavam com suspeita de ingestão alcoólica e 7,3% não usavam capacete. As informações indicam ainda que mais de 1/4 dos ocupantes de motocicleta vítimas fatais ou graves não usavam capacete.